O Brasil, país de dimensões continentais, possui seis biomas que representam e classificam a vegetação, a fauna e o clima de cada região, tentando delinear a variedade e riqueza do país. Entretanto, nas últimas décadas esses biomas têm corrido perigo e risco de extinção através de grandes ações humanas, sendo uma delas o avanço agropecuário. Dentre esses biomas, os mais afetados são a Floresta Amazônica e, principalmente, o Cerrado.
Estados como Mato Grosso e Tocantins são alguns exemplos dos que sofrem com esse avanço intermitente. Compostos por ambos os biomas em seus territórios, esses estados são cercados por áreas de agricultura e pecuária, além de áreas de preservação, como Reservas, Parques Nacionais e Estações Ecológicas. Dentre as diversas áreas, o principal produto cultivado na direção norte, trazendo riscos para a Floresta Amazônica, é a soja e os seus derivados (grão, farelo e óleo). Essa produção não afeta apenas o meio ambiente - através de impactos que decorrem das técnicas modernas de plantio -, mas também as populações locais - ocasionando possíveis conflitos entre elas e os interesses econômicos externos e a desapropriação de áreas antes ocupadas por culturas familiares.
Além da emissão de gases poluentes como o gás carbônico através das maquinarias - como é comum aos plantios -, a soja ainda degrada o solo no qual é cultivada: após a colheita, retira quase que totalmente o carbono antes presente, esgotando sua capacidade de plantio e tornando-o de difícil cultivo. Isso significa que, ao terminar o cultivo em uma área, a atividade agrícola desloca-se para outra com um solo mais rico em nutrientes. A partir disso é que se é realizado o cercamento em direção à Floresta Amazônica, com o intuito de exaurir os solos ainda férteis para a produção de soja.
Essas são apenas algumas consequências relacionadas aos biomas brasileiros, que são provenientes do desmatamento vinculado à da agricultura. Existem muitas outras - como perda de biodiversidade, aumento de risco de extinção e redução dos serviços ecológicos prestados pelas florestas - que acompanham o desmatamento e que derivam não apenas da expansão agropecuária, mas também da extração ilegal de madeira e garimpos. Claro que vivemos em uma sociedade que precisa de recursos e alimentos, porém, será que não tem algum jeito de equilibrar as coisas e agir de forma sustentável? Ou seja, o meio ambiente está constantemente passivo de sofrer impactos negativos, e, quase sempre, a partir de ações humanas com interesses econômicos. Dá pra notar que o desenvolvimento econômico pisa nas leis e princípios ambientais e sociais, né? Assim, é necessário que exista uma via de poder estatal, como um ministério ou algo do tipo, para poder regulamentar e fiscalizar essas ações, de maneira em que sua preocupação seja O MEIO AMBIENTE, ao invés da própria economia.
Fonte: http://www.letrasambientais.com.br/posts/biomas-do-brasil:-conheca-as-9-principais-ameacas