Estamos acostumados a ouvir em noticiários relatos de barragens e as situações nas regiões ao redor, mas será que realmente as conhecemos, seu propósito e suas complicações?
Essas represas artificiais construídas geralmente em rios retém grandes quantidades de água com o intuito de armazenamento e deposição de rejeitos de processos industriais, de armazenamento de água para o abastecimento da região, ou até mesmo para a produção de energia elétrica.
A construção de barragens deve considerar diversos aspectos, desde o solo e a geomorfologia regional, passando pelas possíveis consequências diretas e indiretas para a fauna e flora locais e alcançando a presença de comunidades menores e como elas são afetadas. Como trata-se de uma obra que envolve uma interdisciplinaridade de profissionais e que possui tamanha importância, nada mais correto que esse processo ser regulamentado e fiscalizado de maneira assídua, assim como todo assunto ambiental, como já falamos
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As regras que regulamentam os processos de funcionamento de barragens estão presentes na Política Nacional de Segurança de Barragens (lei nº 12.334/2010). Essa política também estabelece que a Agência Nacional de Águas (ANA) é responsável por organizar, implantar e gerir as barragens brasileiras.
Imagina se os rios continuassem bonitinhos assim?No caso das barragens de rejeitos de mineração, como ouvimos falar muito nos últimos anos, além da necessidade de reservar o resíduo gerado, há também a importância de proteger o solo e os cursos d’água de contaminações. Lembra que falamos
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dos metais pesados? Pois então.
Elas podem ser de três tipos: alteamento a montante, centro de linha e alteamento a jusante. A diferença é o espaço necessário, a montagem do dique inicial e a disposição dos seguintes (dique é a parte de terra que será instalada para segurar a barragem, explicando de um modo simples), além de algumas configurações técnicas. Apesar de o modo de alteamento a jusante ser o mais seguro, o que se vê com frequência no Brasil e no mundo são barragens a montante, que é uma obra mais barata e rápida. Mas será que vale o risco?
Tanto as condições de funcionamento, disposição e manutenção de uma barragem de rejeitos exigem muita atenção e fiscalização, porém, sabemos que não é exatamente o que acontece por aqui. Conheça para poder questionar e exigir melhorias!
Estaremos de olho!
Pensando nisso, a Seiva Jr. organizou uma roda de conversa na UFABC, para debatermos sobre os recentes eventos de barragens. Por que não aprendemos com os erros do passado?
O evento ocorrerá dia 02/04, as 14h no campus Santo André. Em breve, um resumão de tudo que rolou!
Fontes:
http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/panorama-das-aguas/barragens.
https://segredosdomundo.r7.com/o-que-e-uma-barragem-de-rejeitos-de-mineracao-e-a-lama-o-que-e/
https://www.metropoles.com/distrito-federal/barragem-do-descoberto-atinge-volume-maximo-e-abastecimento-esta-garantido
https://veja.abril.com.br/economia/quem-e-a-empresa-chinesa-que-comprou-hidreletrica-da-cemig/
https://organicsnewsbrasil.com.br/meio-ambiente/barragem-mg/como-e-construida-uma-barragem-de-rejeitos/